terça-feira, 27 de julho de 2010

Lembraças doloridas

O trêm faz doer, pois é aquele que seguia o meu caminho até você. Seu perfume de maracujá que acaba de ser colhido faz doer, pois era ele que eu sentia quando te abraçava forte querendo unir seu corpo ao meu. Sorrisos fazem doer, todos eles me lembram de como o seu era único e divino. Quando minha pele entra em contato com a de outros faz doer, nenhuma delas tem o tom e a maciez que a sua tinha quando eu a observava, a tocava. Olhos na multidão fazem doer, seus olhos que penetravam os meus em milésimos de segundos após se cruzarem, os mesmo olhos que brilhavam e pediam por mim quando você formava aquele pequeno bico nos lábios, pequeno bico como você, pequena. A inocência de crianças faz doer, a inocência de quando eu te pegava no colo ou então segurava em suas mãos, te protegendo de todas coisas ruins do mundo, era aquela inocência que eu pensei um dia existir dentro de você. Por fim, você faz doer, mas não você que partiu, você que um dia me encontrou e me deu a felicidade que agora também faz doer.
Corrigindo: Lembranças fazem doer.

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