terça-feira, 19 de janeiro de 2010

algumas semelhanças.

As horas passam despercebidas, abro a porta curiosa com o barulho da chuva, observo um cachorro vagando pela rua, procurando apenas um lugar para poder se proteger da chuva que cai e leva algumas das minhas esperanças, volto a mim, parada na porta, continuo paralisada, apenas por fora, com os olhos fixos na extensão da rua, pois por dentro meus pensamentos não param, fico a comparar minha vida com a do pobre cachorro, que por não ser um ser racional fica a mercer da miséria, vejo que em vários aspectos podemos ser diferentes, mas ainda sim iguais, ele tem um coração, assim como eu.
Será que ele recebera tanto amor de alguém, assim como eu já recebi? Ou pelo menos penso ter recebido, tudo pode ter sido apenas fingimento, ou não, os humanos sabem fingir muito bem! Qual seria a necessidade de fingir amar um cachorro? Qual proveito seria tirado disso? Ter um coração de cachorro nas mãos pra que? Cachorros não são racionais, mas isso não os impede de amar. Um cachorro não se importaria se você dissesse a ele pra esquecer de tudo o que aconteceu, ou pelo menos do amor que ele havia recebido, não seria nada pra ele, só mais um 'blablabla' ele continuaria te amando de qualquer forma, e não sofreria, pois cachorros definitivamente não pensam...
Infelizmente eu não tenho um coração de um ser irracional.

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