terça-feira, 22 de setembro de 2009

Como sempre...


Sobre a mesa, um copo de tequila
um gole desce relutante por minha garganta
meu corpo se esquiva por cima da mesa
com os olhos fechados, vejo o tempo se fechar
imóvel, escuto o barulho da chuva que bate à janela
em instantes sinto meu corpo congelar
dentro de mim ainda há uma chama acesa
efeito ilusório da tequila que mantém
em
meu interior aquecido

junto ao som delirante da chuva na janela
ouço também as batidas do relógio que marca 4:28
o vento sacode o tecido da cortina em movimentos bruscos
reflexos do espelho mostram as luzes la fora
pernas bambas não me encorajam a levantar-me da cadeira
então permaneço ali no surto da monotonia
até a hora de voltar a realidade stressante
onde me pego pensando sobre algo fútil
talvez imperceptível aos meus olhos
mas pressentível ao meu coração.


Um comentário:

  1. noça, nunca tomei tequila -n.
    me falaram que é bom com limão ._.
    ..voltando a comentar nos teus MARAVILHOSOS textos.
    bjs :*

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